sábado, 30 de junho de 2012

DVD Capitães da Areia



Já foi lançado o dvd do filme Capitães da Areia. O longa foi dirigido por Cecília Amado e esteve em cartaz nos cinemas no fim de 2011. 

O elenco conta com Jean Luis Amorim (Pedro Bala), Ana Graciela Conceição (Dora), Roberio Lima (Professor), Ana Celia (Dalva), Marinho Gonçalves (Querido de Deus), Paulo Abade (Gato), Israel Gouvêa (Sem Pernas), Jussilene Santana (Dona Esther), Jordan Mateus (Boa Vida), Elielson Conceição (João Grande), Evaldo Maurício (Pirulito), Heder Novaes (Volta Seca), Elcian Gabriel (Almiro), Jamaclei Pinho (Barandão), Edelvan de Jesus (Ezequiel) e Felipe Duarte (Zé Fuinha).

Por enquanto, encontrei o dvd apenas no site da Livraria Saraiva e da Livraria da Folha, mas deve chegar às demais lojas em breve. Há a versão normal e Blue-ray.

Confira a sinopse e o trailer do filme:

Os "Capitães da Areia" - Pedro Bala, Professor, Gato, Sem-Pernas, Boa Vida e Dora são personagens que Jorge Amado um dia criou para habitarem eternamente na memória de seus leitores. Abandonados por suas famílias, eles são obrigados a lutar para sobreviver pelas ruas de Salvador. Mais atual do que nunca, a história destes personagens imortais da literatura mundial nos emociona e inspira de forma profunda.



Site oficial de Gabriela



A Globo criou um site oficial para a novela Gabriela, com todas as informações, matérias e curiosidades dessa nova adaptação da obra de Jorge Amado. Há também a fan page oficial do facebook.

Acesse as páginas através dos links:

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Personagens de Jorge Amado por Nelson Cadena*




Gabriela, a bela que encanta Nacib e seduz Tonico Bastos, é apenas um dos mais de cinco mil personagens que povoam as 44 obras editadas por Jorge Amado em vida. Se você estranhou a quantidade de personagens de ficção criados pelo romancista baiano precisa ler para conferir as Criaturas de Jorge Amado, obra de Paulo Tavares, esgotada nas livrarias, mas com fartura nos sebos brasileiros, com preço que varia entre R$ 7 e R$ 180, a variável de preço a depender do estado de conservação, primeira ou segunda edição; as mais valorizadas levam o autógrafo de Tavares e do próprio Jorge Amado. Obra rara que merecia ser reeditada neste ano em que se comemora o centenário do escritor. 


Paulo Tavares, baiano da Rua Nova de São Bento, inspirou-se num trabalho similar de Anatole Cerfberr e Jules Christophe, editado em 1887 na França com o nome Répertoire de La Comédie Humaine de Honoré de Balzac, um copilado dos personagens do mundo imaginário de Balzac, na sua extensa obra de 86 livros, sem similar bibliográfico até hoje. Tavares lançou a primeira edição das Criaturas de Jorge Amado em 1969 pela Livraria Martins Editora de São Paulo, tiragem de mil exemplares apenas, com capa de Carybé e orelha de James Amado. Quinze anos mais tarde, o escritor atualizou o seu dicionário totalizando 4.910 verbetes, publicação da Editora Record, com 514 páginas.


Falei, estimei, em mais de cinco mil o número de personagens da ficção amadiana. É que a segunda e última edição do livro de Paulo Tavares, lançada em 1985, precedeu mais quatro livros escritos por Jorge Amado e que por isso não constam do dicionário: O Sumiço da Santa (88); Navegação de Cabotagem (92); A Descoberta da América pelos Turcos (94) e O Milagre dos Pássaros (97). De modo que mais de cinco mil não é nenhum exagero. E nesse número cabe destacar e chama a atenção que o escritor tenha relacionado, não apenas as criaturas imaginárias, mas as de carne e osso, personagens reais, entre 500/600 pessoas, muitos deles baianos de nascimento ou de coração, alguns ainda vivos. 


São raros os personagens reais de Gabriela, Cravo e Canela e em compensação, muitos, os de Dona Flor e Seus Dois Maridos, que é também a obra do romancista baiano com maior número de criaturas, 327 ao todo. Em Gabriela preponderam escritores e poetas: Eça de Queiroz, Castro Alves, Anatole France, Victor Hugo, Emílio de Menezes, Sosígenes Costa e também líderes mundiais como Nicolau II e Napoleão Bonaporte, dentre outros. Personagens distantes do nosso cotidiano.


Mas é em Dona Flor que Jorge Amado retratou os amigos e pessoas influentes, ou folclóricas do cotidiano da Bahia: jornalistas Jorge Calmon, Junot Silveira, Silvio Lamenha, Paulo Nacife, Odorico Tavares, João Falcão, Áureo Contreiras, Edgar Curvelo, Mario Augusto da Rocha; romancistas Clóvis Amorim, Wilson Lins, Vasconcelos Maia, Alves Ribeiro; artistas plásticos Carlos Bastos, Mario Cravo, Carybé, Calazans Neto, Genaro de Carvalho, Jenner Augusto; músicos João Gilberto e Dorival Caymmi; personalidades diversas como os advogados José Martins Catarino e Jaime Baleeiro; professor José Calazans; historiador Luis Henrique Dias Tavares (sobrinho do autor do dicionário); compositor Carlos Coqueijo Costa, político Nestor Duarte; o rábula e vereador Cosme de Farias; arquiteto Lev Smarchevski, ministro e banqueiro Clemente Mariani; etnólogo e fotógrafo Pierre Verger, dentre outros.

“Nos seus... verbetes (escreveu James Amado no texto de apresentação do livro de Paulo Tavares na primeira edição) falta certamente um, de grande interesse para o leitor. Quem é o estudioso que se lançou a tão ingente tarefa? Feita a pergunta, descobre-se um homem extremamente modesto... Autodidata, frequenta a literatura em português, espanhol, inglês, francês e italiano”. 


*Nelson Cadena é colunista do CORREIO | O QUE A BAHIA QUER SABER
Fonte: Site CORREIO | O QUE A BAHIA QUER SABER

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Exposição sobre Jorge Amado em Portugal


Biblioteca Nacional de Portugal


Hoje terá início uma exposição de Jorge Amado na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa. O nome da exposição é Jorge Amado em Portugal e ficará até o dia 7 de setembro.

De acordo com Luís Augusto Costa Dias, responsável pela exposição, ela apresenta “os modos de recepção da sua obra no nosso país, desde o primeiro impacto intelectual, de contornos polêmicos, nos anos trinta do século XX, à projeção midiática que correspondeu à divulgação através de famosas séries televisivas e a passagem pelo cinema, após os anos setenta”.

Haverá duas seções. A primeira apresenta  “aspectos da mediação brasileira nos paradigmas literários do Neo-realismo português, acarretando com isso acesa polêmica entre os representantes deste movimento e os escritores alinhados na Presença”, revista literária muito influente em Portugal.

A segunda seção foca "o período em que a circulação das obras de Jorge Amado, por via brasileira ou francesa, começou a ser interditada em Portugal, sobretudo a partir de “Seara Vermelha” (1946) e até “Subterrâneos da Liberdade” (1954)."

Para saber mais sobre "Jorge Amado em Portugal", acesse o site oficial da Biblioteca Nacional  de Portugal,  no link direto para a página da exposição.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Monumento de Jorge Amado em Salvador está abandonado




No ano do centenário de Jorge Amado (1912-2001), o único monumento em Salvador em sua homenagem apresenta péssimo estado de conservação. Inaugurada em 1985, a escultura fica na avenida que leva o nome do escritor, no bairro Imbuí. Há dois anos, a praça que margeia essa via foi revitalizada pela prefeitura. No entanto, a obra, que fica a cinco metros dessa área, não recebeu qualquer retoque.

O cenário é desolador. Lixo espalhado ao redor e dentro do monumento. Estrutura pichada, desgastada e enferrujada. As máquinas de escrever que ladeavam a escultura foram roubadas. As letras que compõem a obra estão sujas.

Intitulada "Ode a Jorge Amado", a escultura, cujas dimensões são dez metros de altura por seis de largura, tem estilo modernista e é formada por chapas soldadas de latão, sucata de ferro e concreto.

"O monumento está completamente abandonado. Vejo com muito pesar essa situação. Pelo jeito que está a escultura hoje, não vejo interesse do poder público em restaurá-la. Mas espero que surja vontade e recursos para isso", afirmou a diretora-executiva da Fundação Casa de Jorge Amado, a escritora Myriam Fraga.

"Rosa nem gosta de falar sobre o estado atual da escultura", afirma Myriam. A mulher a quem a escritora se refere é Auta Rosa, viúva do artista plástico Calasans Neto (1932-2006). Grande amigo de Jorge Amado - que o chamou de "baiano fundamental"-, Mestre Calá, como era conhecido na cena cultural do Estado, foi quem esculpiu o monumento. Calasans Neto ilustrou diversos livros de Amado, além de ter feito gravuras que evocam o universo do romancista. Myriam Fraga diz lamentar que um dos símbolos da amizade entre os dois esteja tão deteriorado.

Neto do escritor, João Jorge Amado Filho, o Jonga, é mais um que está descontente com a situação da escultura. "Está muito ruim. Aquela avenida [Jorge Amado] foi reformada, mas não fizeram nada com o monumento, que é muito importante, um marco histórico", declara. "Espero que a prefeitura o restaure para o dia do centenário, em 10 de agosto."


Os insatisfeitos não se limitam àqueles que têm ligação próxima com o autor de "Tieta do Agreste" e "Jubiabá", entre outros clássicos. Moradores do Imbuí reclamam do abandono da obra de arte. "É uma tristeza danada ver esse monumento tão largado, sujo. A prefeitura deveria cuidá-lo urgentemente", clama a comerciária Patrícia Teles, de 33 anos, que reside há quatro anos no bairro.


O universitário Kleber Santos, de 20 anos, mora no Imbuí há uma década e diz desconhecer o que é a escultura na entrada do bairro. "É em homenagem ao Jorge Amado? Não sabia. Ele foi uma grande figura brasileira, merece um monumento melhor." O bancário Tarcisio Almeida, de 29 anos, conta que há três anos - desde que foi morar ali - a obra está se desgastando a cada dia. "Está mesmo precisando de restauração e conservação."


O gerente de sítios históricos da Fundação Gregório de Matos - órgão municipal que cuida da cultura soteropolitana -, Marco Antônio da Rocha, é enfático ao comentar sobre o monumento. "Está totalmente desfigurado. Não representa mais o projeto inicial, não significa mais nada." A fundação é a responsável pela escultura.


De acordo com ele, a obra está tão combalida que é melhor produzir um novo monumento do que reconstruir o atual. Porém, essa ideia ainda não saiu do papel. "Temos esse projeto. No entanto, não há verba. Estamos sem previsão de quado será feito", declara Rocha, que acrescenta: "A nova escultura pode ficar no lugar da atual. É possível que a gente faça concurso para escolher a forma do monumento".


As diversas gestões da Prefeitura de Salvador não reformaram o monumento ou por falta de vontade política ou por falta de verba ou por esbarrar em trâmites burocráticos, como a lei dos direitos autorais - qualquer interferência deve ser feita com a anuência dos herdeiros de Calasans Neto.


Fonte: Site Último Segundo IG

Jorge Amado recebe homenagem em festival de chocolate


O Festival Internacional do Chocolate da Bahia, realizado em Ilhéus há três anos, terá como tema Amado chocolate na Terra de Jorge.

A programação conta com exposições, pequenas marcas, fábricas de chocolates finos e artesanais, shows de artistas regionais e nacionais, cursos e palestras, estandes de indústrias, concursos, visitas à fábricas e fazendas e outras atrações.

O evento vai do dia 28 de junho até o dia 2 de julho. Acesse o site oficial do Festival para saber mais sobre essa deliciosa festa.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O lado musical de Jorge Amado






O site da revista Rolling Stone fez uma matéria sobre o lado musical de Jorge Amado, escolhendo quatro canções feitas por ele em parceria com seu compadre, o cantor e compositor Dorival Caymmi. Confira as belas música escolhidas pela jornalista Cláudia Boëchat e um link para ouvir músicas da trilha sonora original da primeira versão da novela "Gabriela".


“Beijos Pela Noite” (Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carlos Lacerda), interpretada por Danilo e Simone Caymmi 




“É Doce Morrer no Mar”, interpretada por Caetano Veloso 



“Cantiga de Cego”, interpretada por Dorival Caymmi




“Modinha Para Tereza Batista” interpretada por Alice Caymmi

sábado, 23 de junho de 2012

Jorge Amado no Globo Repórter de 1985

Em 1985 o Globo Repórter fez um programa sobre as personagens e um pouco do universo de nosso maior romancista. Vale a pena viajar no tempo e apreciar esse documento histórico.









sexta-feira, 22 de junho de 2012

Flip vai homenagear Jorge Amado




Walcyr Carrasco, autor da novela "Gabriela", e o escritor João Ubaldo Ribeiro farão uma homenagem a Jorge Amado na Flip ( Festa Literária Internacional de Paraty) deste ano.

A organização do evento divulgou nesta quarta-feira (20) que um debate fará parte dos eventos de celebração do centenário de Amado, que será comemorado em agosto.

Com mediação do jornalista Edney Silvestre, Carrasco e Ribeiro discutirão a obra do autor do romance "Gabriela Cravo e Canela" como parte da programação da Casa de Cultura.

O ingresso para assistir ao debate, que será realizado no dia 5 de julho (quinta-feira), às 11h30, custa R$10 e é vendido uma hora antes do evento. Para atividades gratuitas, é necessário retirar ingressos na Casa da Cultura uma hora antes.

PROGRAMAÇÃO

De 4 a 8 de julho, 17 encontros, entre leituras, peças de teatro, bate-papos, filmes e lançamentos de livro compõem a programação paralela da Flip. Com curadoria de Miguel Conde, as atividades vêm somar-se à programação principal da Tenda dos Autores.

A jornalista e escritora britânica Annalena McAfee e o cineasta espanhol David Trueba são alguns dos nomes internacionais convidados. O premiado escritor português José Luís Peixoto volta à Flip para fazer, pela primeira vez, uma leitura pública integral de "Morreste-me", escrito logo após a morte de seu pai.

Participantes da programação principal da Tenda dos Autores, Javier Cercas, Stephen Greenblatt e Silvia Castrillón participam também de debates na Flip-Casa da Cultura, permitindo um contato mais intimista com o público.

Autor homenageado da Flip 2012, Carlos Drummond de Andrade é tema de uma série de atividades. A exposição "Faces de Drummond" ocupará o segundo andar do espaço e fica em cartaz ao longo de todo o mês de julho, propondo uma leitura abrangente sobre a vida e obra do poeta.

No sábado, dia 7, de manhã, o compositor e poeta Hermínio Bello de Carvalho relembra sua proximidade e correspondência com o amigo itabirano. Finalmente, Drummond é tema da encenação de "Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade", monólogo com a atriz Sura Berditchevsky, baseado na troca de correspondências e na intensa relação entre o poeta e sua filha.

A apresentação Noites de Cinema exibirá três longas metragens recentes de diretores brasileiros: "Mr. Sganzerla - Os signos da luz", de Joel Pizzini, sobre o diretor do cinema marginal paulistano; "Ex-Isto", de Cao Guimarães, baseado na obra Catatau, de Paulo Leminski e "Daquele instante em diante", de Rogerio Velloso, sobre a vida do músico Itamar Assumpção.

Veja a programação completa da Flip no site.


Fonte: Site Folha Ilustrada

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Biblioteca Comunitária de Itu homenageia Jorge Amado



A Biblioteca Comunitária Professor Waldir de Souza Lima está apresentando, em junho, exibições de filmes, palestras e exposições sobre a vida e a obra de Jorge Amado.  


No próximo sábado, dia 23, haverá uma palestra com o professor  Junior Scalise e posteriormente a apresentação do filme “Quincas Berro D’Água”, seguida de um debate sobre o filme.


O endereço é Rua Floriano Peixoto, Nº 238, Centro, Itu-SP e a entrada é gratuita.

"Gabriela" mostra que linguagem de Jorge Amado permanece atual



Sob muita expectativa, estreou nesta segunda-feira a série “Gabriela”, da Rede Globo, baseada no livro de Jorge Amado, “Gabriela, Cravo e Canela”. Mais uma vez, uma obra do genial escritor brasileiro é levada às telas, mostrando a importância e a qualidade de seu trabalho.


Neste ano de 2012, celebramos o Centenário de nascimento de Jorge Amado. A poeta Myriam Fraga, diretora da Fundação Casa de Jorge Amado, conversou com a Jovem Pan sobre a estreia da série e sobre a trajetória do escritor.


Para ela, “Gabriela” é uma oportunidade de se verificar como a obra dele continua viva, interessante e atual, e como serve para ser usada em outras linguagens, como cinema, televisão e teatro.


Myriam destacou que a atriz Juliana Paes está se saindo muito bem como Gabriela, mostrando a jovialidade e a sensualidade que a personagem precisa. Prova disso é que até a audiência se manteve em alta, com 30 pontos de média. 


Ela acredita que a obra, quanto mais ligada às coisas da sua própria terra, se torna mais universal. “A obra de Jorge Amado sempre transmite uma mensagem de otimismo. E acho que é isso que as pessoas precisam hoje em dia”, avaliou.


Clique no áudio e confira mais detalhes sobre a trajetória do escritor com Myriam Fraga, diretora da Fundação Casa de Jorge Amado.


Fonte: Jovem Pan Online



quarta-feira, 20 de junho de 2012

Jorge Amado no Museu da Língua Portuguesa



O Museu da Língua Portuguesa está com a exposição "Jorge Amado e Universal": um olhar inusitado sobre o homem e a obra. Essa exposição faz parte das comemorações oficiais do centenário do escritor e foca aspectos marcantes da vida de Jorge, fazendo com que o leitor saia da exposição com vontade de ler e saber mais da vida de nosso maior romancista.

O Museu fica na Praça da Luz em São Paulo e a exposição vai até o dia 22 de julho.

Para saber mais, acesse o endereço eletrônico do Museu da Língua Portuguesa.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O que estão falando de "Gabriela"


O remake de "Gabriela" está sendo aguardado com muita expectativa. É incontável o número de reportagens e notícias sobre essa nova adaptação do clássico de Jorge Amado. Confira alguns links para matérias, entrevistas e informações sobre a novela novela, um aperitivo para a estreia de logo mais. 



Site: Diário de SP - 'Gabriela' está pronta para estrear


Site: Correio O que a Bahia quer saber - Gabriela traz 15 atores baianos no elenco





domingo, 17 de junho de 2012

Jorge Amado na política

Este é um cartaz da campanha de Jorge Amado para deputado federal pelo PCB, em 1945. O escritor foi eleito, sendo o deputado mais votado no Estado de São Paulo. Como deputado, criou a lei que assegura o direito à liberdade de culto religioso.




sábado, 16 de junho de 2012

Depois de Inglaterra e França, o centenário de Jorge Amado será celebrado na Espanha




Depois de Londres e Paris, onde foi homenageado durante o Salon du Livre, as comemorações pelo centenário de Jorge Amado chegam à Madri, na Espanha. O ponto alto será o próximo dia 19, quando acontece o lançamento da Revista Turia, que contém um dossiê especial sobre o acadêmico baiano, no Instituto Cervantes.

Ana Maria Machado, presidente da Academia Brasileira de Letras, vai representar a família do escritor. No dia seguinte ao lançamento da revista, Ana Maria estará na Casa do Brasil para a conferência Conversa sobre Jorge Amado, com o professor Antonio Maura, sócio correspondente da ABL. No dia 23, ela fará uma visita à Real Academia de la Lengua, onde Amado também será lembrado.

Fonte: Site Revista Época

Zélia e o primeiro beijo com Jorge Amado

Nesta entrevista, que pode ser encontrada no canal da Fundação Casa de Jorge Amado, no YouTube, Zélia Gattai fala sobre seu primeiro beijo com Jorge. Literatura e amor se misturam nesse vídeo curto,  mas belo.


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Jorge Amado no Globo Repórter

Hoje a Rede Globo irá apresentar um Globo Repórter especial em homenagem ao centenário de Jorge Amado. O programa vai ao ar às 22:30, depois de Avenida Brasil.

Confira a chamada do programa no site da Globo

Juliana Paes ansiosa para a estreia de "Gabriela"



A atriz Juliana Paes postou ontem no twitter uma foto do anúncio do remake de "Gabriela", demonstrando que não vê a hora da estreia da novela e comentou:


"Ahhhhhhh!!!! Olha o que acabei de ver na revista!!! Tô nervosa! É segunda hein, minha gente."

Faça a comparação entre as personagens do remake e da versão original de "Gabriela"

Sonia Braga e Juliana Paes


No site Virgula Uol é possível conferir uma matéria especial sobre a novela "Gabriela", que estreia próxima segunda, às 23h, na Globo.
É possível fazer a comparação entre as personagens das duas versões com as fotos dos atores em um álbum com 15 imagens.
Confira nesse link: Virgula Uol

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Núcleo dos coronéis será destaque em ‘Gabriela’


Antonio Fagundes como Ramiro Bastos

Com o tempero da protagonista como principal chamariz, Gabriela carrega ainda a crítica política como um dos seus traços mais marcantes. É algo que o autor Walcyr Carrasco, encarregado da nova adaptação do romance de Jorge Amado que estreia na Globo no dia 18, pretende aproveitar ao máximo e com todas as letras que a democracia permite, já que em 1975, em pleno governo Geisel, a primeira novela foi levada ao ar sob o olhar atento da ditadura militar.

“Agora, podemos falar as palavras todas sem sermos presos, chamar os retrógrados de retrógrados. Viver num mundo com liberdade de expressão certamente vai se refletir nessa nova adaptação”, sublinha o autor em entrevista ao blog. “É um livro maravilhoso para sempre. E o que mais me chama a atenção nele é justamente a discussão política e moral que o Jorge Amado propunha.”

Encabeçado por Antonio Fagundes, como Ramiro Bastos, o núcleo dos coronéis que dão as cartas na Ilhéus de 1925, época do apogeu do cacau, reúne grandes nomes. José Wilker, que na primeira versão foi o progressista Mundinho Falcão, será Jesuíno Mendonça. Chico Diaz é Melk Tavares. Genésio de Barros é Amancio Leal. Ary Fontoura é Coriolano Ribeiro. Mauro Mendonça é Manoel das Onças e Nelson Xavier, Altino Brandão.

Com os ventos do progresso soprando sem parar, os coronéis terão sua autoridade questionada ao longo da trama, um a um. Ramiro Bastos, o mais poderoso de todos, levará o golpe mais duro. Intendente da cidade, ele conquistou suas terras a bala e mantém a população local sob rédeas curtas, quando Mundinho Falcão (Mateus Solano), paulista exportador de cacau, chega para bagunçar o status quo.

O papel, que foi de Paulo Gracindo na novela original, é uma revisita de Fagundes ao universo do sul da Bahia – em Renascer (1993), de Benedito Ruy Barbosa, lembre-se, ele foi José Inocêncio que, em resumo, também era fazendeiro de cacau. “Me lembrei muito das gravações de Renascer, mas os personagens são totalmente diferentes”, sublinha.

Populista, Ramiro é a personificação do que representava – e em alguns lugares do país ainda representa – o poder das oligarquias nordestinas. Lançado em 1958, o romance dedicava atenção especial ao embate entre o coronel e o jovem exportador de cacau. Sedutor, Mundinho quer comércio livre em Ilhéus e a construção de um porto, o que o prejudica os interesses de Ramiro.

Com o progresso a galope, todos os coronéis passam por um verdadeiro martírio durante a trama. Jesuíno Mendonça, por exemplo, é desafiado pela mulher até então submissa – Sinhazinha, papel de Maitê Proença. Acaba matando-a, e sofrendo as consequências do ato. Melk Tavares é outro que leva um sacode – a filha Malvina (Vanessa Giácomo) recusa-se à resignação, e como representante da liberação feminina nos anos 20, quer estudar.

O final feliz, entretanto, quem leu o livro sabe, está reservado apenas aos casais românticos. No campo da política, a cena de Mundinho Falcão sendo tratado como um legítimo “coroné”, envolto em beija-mão logo após a morte de Ramiro Bastos, traz um gosto amargo que, mais de cinquenta anos após ser escrita por Jorge Amado, ainda soa como genial. “Hoje, não é muito diferente, por isso a obra me parece ainda tão atual”, observa Fagundes. Atualmente, são os deputados e senadores que ainda agem de acordo com seus interesses e dos poderosos.”

Fonte: Site Primeira Edição

Jorge Amado em sarau no Pará

Hoje haverá um Sarau Literário homenageando Jorge Amado às 19h no Teatro Estação Gasômetro – Parque da Residência em Belém do Pará.
O evento é promovido pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e é uma prévia da Feira do Livro, que acontece de 21 a 30 de setembro, no Hangar. 
A entrada é franca.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Globo pede desculpas à Sonia Braga



A Rede Globo exibiu uma matéria no Fantástico do último domingo (dia 10) sobre o remake da novela "Gabriela" e cometeu uma gafe ao não citar Sonia Braga após mostrar imagens da versão original. 

Para se redimir a emissora emitiu um comunicado ontem, dia 12, com pedidos de desculpa à atriz por não a ter citado na matéria.

O comunicado oficial da Globo diz que "Foi um erro, pelo qual pedimos desculpas à Sônia Braga e aos telespectadores. A única explicação que pudemos encontrar é que a atriz, como Gabriela, é inesquecível a tal ponto que as imagens da personagem subindo o telhado na primeira versão, já parte da melhor antologia da TV Brasileira, pareceram aos editores suficientes, porque todos conhecem Sônia Braga. Foi um erro, como dissemos, sem que em sua origem, no entanto, estejam as suposições que a atriz menciona na mensagem dela nas redes sociais".

No twitter, rede social em que já havia feito protestos pelo erro cometido pela Globo, Sonia Braga respondeu: "Melhor assim. Desculpas aceitas."

Até o ator Marcelo Médici se pronunciou, também no twitter: "Não citar o nome de @bragasonia como intérprete da Gabriela na primeira versão da novela foi bem feio #Fantástico. História é história".

Desabafo de Sonia Braga no twitter

terça-feira, 12 de junho de 2012

Jorge Amado para europeus*


Roberto DaMatta, Ana Maria Machado e David Treece

LONDRES - “Vocês [europeus] é que deveriam estar discutindo Jorge Amado, não nós.” Assim concluiu o seu raciocínio um enérgico Roberto DaMatta, em evento na última sexta-feira, dia 8, da British Library, sobre o escritor que foi quase sinônimo do Brasil para o mundo, e que comemoraria 100 anos em 2012. No evento na biblioteca nacional da Inglaterra, participaram, além de DaMatta, os escritores João Ubaldo Ribeiro e Ana Maria Machado, a professora Maria Lucia Pallares-Burke, o brasilianista Kenneth Maxwell e pesquisadores de diferentes universidades inglesas. 

Para DaMatta, Jorge Amado conseguiu ver beleza na mistura cultural, bem diferente do que acontece atualmente na Europa em geral.

— Estive na França há pouco e vi como os franceses estão incomodados com a presença de negros em todos os lugares — contou ele, argumentando que a mestiçagem mascara outra questão, a intimidade. — O mestiço mostra que um negro e uma branca, ou um branco e uma negra fizeram sexo. E isso 'não é possível' — ironizou.

— Em certo momento do romance, Flor se pergunta por que ela tem que escolher entre Vadinho e Teodoro. Aqui o dilema não é 'to be or not to be', mas 'to be and to be'. Flor, então, decide não decidir — comentou para a plateia de cerca de cem pessoas, de maioria brasileira, e minoria britânica curiosa.

O tema do triângulo amoroso bem resolvido foi lembrado também pela presidente da Academia Brasileira de Letras, Ana Maria Machado. A escritora defendeu que a nossa literatura tem dois exemplos fundamentais desse tipo único de figura geométrica, mas com climas inversos, o trágico “Dom Casmurro” e o cômico “Dona Flor e seus dois maridos”. Ana Maria também citou a má-vontade de parte da universidade com Jorge Amado. Para ela, esse comportamento se deve ao fato de um pensamento pré-formado estar se repetindo há muito tempo, sem qualquer revisão.

— Vamos começar a debater Jorge Amado depois de ler os seus livros — afirmou.

Bem humorado, o também escritor João Ubaldo Ribeiro contou causos sobre o seu compadre baiano, além de dizer como ele foi um exemplo em outros países de língua portuguesa, principalmente na África.

— Jorge era visto como um defensor da liberdade, tinha colocado protagonistas negros, era comunista, havia sido preso e até passou por um período no exílio. Era uma ótima referência para quem tentava a independência de um Portugal governado por Salazar — lembrou.

O historiador Alberto da Costa e Silva não pôde ir, mas pediu para Ana Maria ler suas anotações. Em uma palestra que resumiu a história do povo Iorubá, a maioria que foi transportada para a Bahia, ele corrigiu Pierre Verger, dizendo que a África não havia se mudado para o Brasil, mas tinha se instalado nos romances de Jorge Amado.

O evento contou ainda com o também historiador e brasilianista Kenneth Maxwell, que lembrou sua primeira visita ao Brasil e à Bahia, guiado por um livro de Jorge Amado, além de citar o epíteto “comunista tropical”, em relação ao período de maior engajamento político do escritor brasileiro; Maria Lucia Pallares-Burke traçou paralelos entre a vida e a obra de Jorge Amado e Gilberto Freyre; David Treece, do King's College de Londres, falou que a mestiçagem tratada pelo escritor brasileiro tinha duas formas de serem encaradas: uma de agregação da sociedade e outra de desmobilização política; Mark Sabine, da Universidade de Nottingham, especulou que Charles Dickens seria o mais próximo de Jorge Amado que os ingleses já produziram; Peter Wade, da Universidade de Manchester, mostrou como a mestiçagem tem problemas de inclusão e exclusão ao mesmo tempo.

Em entrevista, a curadora para a América Latina da British Library, Elizabeth Cooper, concorda, de certa forma, com a opinião de DaMatta, sobre como o escritor baiano continua ser contemporâneo: 

— Ele ensina a não ter medo do desconhecido, da ambiguidade. Em um mundo tão ligado a categorização, ele mostra que vivemos num mesmo ambiente. Ele fala tanto sobre a Bahia mas toca em dilemas universais.

Fonte: Site Jornal O Globo
*Por Ronaldo Pelli