A Fundação Casa de Jorge Amado é uma organização não-governamental e sem fins lucrativos cujo objetivo é preservar, pesquisar e divulgar os acervos bibliográficos e artísticos de Jorge Amado, além de incentivar e apoiar estudos e pesquisas sobre a vida do escritor e sobre a arte e literatura baianas. A Casa de Jorge Amado tem também como missão a criação de um fórum permanente de debates sobre cultura baiana – especialmente sobre a luta pela superação das discriminações raciais e sócio-econômicas.
Para manter viva a memória do escritor – que já teve seus livros publicados em 60 países – desde que foi inaugurada, a Casa de Jorge Amado conta com uma exposição permanente de documentos, fotografias, livros, suas apropriações populares, adaptações e objetos relacionados. Também estão expostos prêmios recebidos por Jorge e fotos tomadas por Zélia Gattai, documentando o dia-a-dia do autor.
Atualmente, a Fundação Casa de Jorge Amado já é considerada um ponto de referência na geografia cultural de Salvador.
A Fundação Casa de Jorge Amado consolidou-se (…) como um centro polarizador; dedicando-se não só a expressar a voz e a cultura da Bahia, mas, igualmente, atuando como caixa de ressonância, testemunha participativa de acontecimentos que, pelo seu alcance, demonstram o prestígio e a importância de sua existência.
Casa em que tudo acontece, em que todos se encontram. Atenta a todas as manifestações culturais, aberta aos ventos da convivência, encruzilhada de destinos diversos, confluência de contrários que se unem numa Bahia mística e profana.
Visitantes ilustres, presidentes, ministros, governadores, astros do cinema, da música, da televisão, fotógrafos, escritores, artistas das mais variadas procedências passaram por suas portas, atraídos pelo carisma do Pelourinho e pelo desejo de conferir o mistério desse local, fronteira de um mundo recriado pelo poder da escritura, povoado por seres de carne e osso e personagens de ficção, centro do mundo, coração da Bahia de Jorge Amado, que transcende os limites do real para inscrever-se no mapa das cidades lendárias.
Uma casa de palavras, fiel ao destino que lhe traçaram desde o início, quando era apenas um sonho. Casa de Jorge Amado – múltipla, inquieta, mutável e mutante, que a cada dia se renova, hospitaleira e receptiva. Disse e repito: quem for de paz, pode entrar
Myriam Fraga
A adoção, sugerida por James Amado, da frase “Se for de paz, pode entrar”, como lema da Casa, procurou expressar o desejo dos que elegeram este espaço como um local em que se privilegiasse o entendimento entre contrários, na busca da harmonia e da fraternidade, contra toda forma de discriminação.
Para Jorge Amado, a Casa não deveria jamais se transformar em depósito de documentos, mas se constituir, cada vez mais, em um permanente Centro, vivo e atuante.
O que desejo é que nesta Casa o sentido de vida da Bahia esteja presente e que isto seja o sentimento de sua existência. Que, ao lado da pesquisa e do estudo, seja um local de encontro, de intercâmbio cultural entre a Bahia e outros lugares.
Jorge Amado
Histórico
Em 1982, Jorge Amado comemorou 70 anos de idade e 50 anos de literatura. Naquela época, algumas instituições, no Brasil e no exterior, faziam pressão para que o autor doasse seu acervo literário, a fim de que este pudesse ser melhor preservado e estudado. Mas sua mulher, a também escritora Zélia Gattai, se opunha à ideia, afirmando que o acervo pertencia aos baianos e, portanto, deveria ficar na Bahia.
Quando digo que Zélia é a responsável pela existência da fundação cultural estabelecida no Pelourinho, nascida da doação de meu acervo literário leva meu nome, digo a verdade. Não fosse Zélia o acervo estaria a essa hora em universidade norte-americana.
(…) Pesava eu propostas recebidas de universidades americanas, da Pensilvânia e de Boston, desejavam receber o acervo em doação, propunham-me zelar por ele, colocá-lo à disposição dos interessados em pesquisá-lo, criando para tanto verbas e espaços. Eu testemunhara, durante minha estada na Penn State University, como tais universidades trabalham com eficiência e dedicação. Estava quase a decidir-me, Zélia se opôs com determinação à minha ideia de oferecer à organização estrangeira documentos, correspondências, livros, fotos, diplomas, a massa dos guardados: esse acervo só sairá do Brasil, da Bahia, se passarem por cima de meu cadáver, tem de ficar aqui, é o seu lugar. No decorrer de quase meio século de coabitação, aprendi que não adianta discutir com Zélia, perco sempre, até agora não ganhei uma.
Jorge Amado
Dois anos mais tarde, a escritora Myriam Fraga – até hoje à frente da instituição – trouxe à tona, novamente, a questão da necessidade de se fundar uma casa que guardasse o acervo de Jorge. A Universidade Federal da Bahia, através do seu então reitor Germano Tabacof, propôs iniciar a tarefa de organizar os documentos, que até este momento estavam guardados na casa do escritor, no Rio Vermelho.
Em 1986, foi criada a Fundação Casa de Jorge Amado, que seria inaugurada no dia 07 de março do ano seguinte, contando com a colaboração fundamental da escritora Zélia Gattai.
Jorge e Zélia puderam, em vida, frequentar a instituição estabelecida em sua homenagem.
Localização
Largo do Pelourinho
Pelourinho, Salvador
Bahia, 40.026-280
TEL: +55 71 3321-0070
+55 71 3321-0122
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Fonte: Fundação Casa de Jorge Amado
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