segunda-feira, 16 de julho de 2012

Entrevista com Antônio Fagundes




De volta à TV como o conservador e violento coronel Ramiro Bastos, Antônio Fagundes está feliz em poder unir em um único trabalho duas grandes paixões: a dramaturgia e a obra de Jorge Amado. Durante conversa com a Conta Mais, o ator confessou que leu o primeiro livro do baiano aos 16 anos de idade e depois não parou mais de ler os livros do autor de Gabriela, Tieta, Tereza Batista, entre outros. Conhecedor de toda a coleção, ele diz ter um carinho muito especial pelo livro Gabriela, por considerar uma obra muito rica. O ator também falou dos mandos e desmandos dos coronéis da época em Ilhéus e fez muitos elogios à Ivete Sangalo, que na trama interpreta Maria Machadão, a dona do Bataclan. Além da novela, Fagundes também está no teatro. Em Vermelho, ele divide o palco com o filho Bruno. Nada conservador, Fagundes revela que tem uma mente aberta e que dá muita força para o filho aparecer na TV.

Você assistiu à primeira versão de Gabriela?

Na primeira versão estava envolvido com o teatro e quase não via nada na televisão. Vi algumas cenas do filme. Sei do grandioso trabalho feito pelo Paulo (Paulo Gracindo), mas quero buscar novas nuances para o personagem. E sei que o Paulo Gracindo está lá em cima me protegendo.


Esse tipo de novela mais curta é melhor?

É sim, porque novela é desgastante para todo mundo. Diminuir o número de capítulos é melhor para o ator, por ser bem menos desgastante. É mais gostoso de se fazer. Acho que vai acabar virando uma tendência as novelas terem o número de capítulos necessário para contar a história.

Você já recusou algum trabalho pelo número de capítulos?

Nunca medi um trabalho pelo número de capítulos, mas é sempre bom fazer trabalhos um pouco mais curtos.

Você tem conhecimento da obra do Jorge Amado?

Claro que sim, sou um apaixonado por toda a obra do Jorge. E sempre funciona adaptar a obra dele para a novela.

Quais os livros dele que você já leu?

Li todos os livros do Jorge. E Gabriela é uma obra muito rica, que envolve política e sexo dentro de uma sociedade em desenvolvimento.

Você lembra da primeira obra do Jorge que leu?

Foi Cacau, quando eu tinha 16 anos de idade.

Antigamente, Ilhéus era dominada por coronéis, você acha que mudou muita coisa para os dias de hoje?

Não mudou muita coisa. Agora, são os deputados e senadores que ainda agem de acordo com os interesses próprios e dos grandes donos de terras e empresários.

Fonte: Site Conta Mais

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