quarta-feira, 18 de maio de 2011

Homenagem a Zélia Gattai pela Fundação Casa de Jorge Amado


A Fundação Casa de Jorge Amado lembra, com tristeza, a passagem de três anos da morte de Zélia Gattai Amado, ocorrida no dia 17 de maio de 2008, na cidade do Salvador, após um período de sofrimento durante o qual a escritora provou mais uma vez sua coragem inabalável e sua firmeza na luta pelo que parece ter sido uma constante em sua vida: a preservação da memória de Jorge Amado.

“Filha de pais italianos, embora nascida em São Paulo, Zélia fez-se cidadã baiana por direito e merecimento. Sua vida foi sempre uma contínua prova de amor a esta terra, que ela adotou como sua, e a esta cidade que soube amar e cultuar por toda a vida”, afirma Myriam Fraga, poeta e diretora da Fundação Casa de Jorge Amado.

Zélia Gattai conheceu Jorge Amado no I Congresso Brasileiro de Escritores, realizado em São Paulo, em 1945. A partir do encontro, Jorge e Zélia iniciaram uma bela história de amor e cumplicidade. O próprio escritor baiano dizia: “A vida me deu mais do que pedi e mereci. Tenho Zélia e isto me basta”.
Em exílio na Europa, Zélia Gattai deu início a uma trajetória como fotógrafa. Todas as imagens registradas, aproximadamente 21 mil, ficam guardadas na Fundação Casa de Jorge Amado e estão sendo digitalizadas. Em breve, todo este material poderá ser consultado no site da Fundação. Uma prévia já pode ser vista no endereço.

Foi somente aos 63 anos de idade que, surpreendendo os meios literários, publicou seu primeiro livro, Anarquistas, graças a Deus, através do qual iniciou uma extraordinária carreira de memorialista ao registrar, como já vinha fazendo através da fotografia, os momentos mais importantes de sua trajetória ao lado do escritor e militante da causa humanista, com ativa participação em acontecimentos que influenciaram as mudanças mais extraordinárias do século vinte.

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